O
peso das palavras
“As palavras da boca
do sábio trazem favor, mas os lábios do insensato o devoram.” - Eclesiastes
10:12 - ARA
Salomão, com sua
sabedoria divina, destaca neste versículo o contraste gritante entre o falar do
sábio e o do insensato. As palavras não são neutras; elas carregam poder,
direção e consequências. Enquanto o sábio edifica com sua fala, o insensato
cava sua própria ruína com os próprios lábios.
As palavras do sábio são
como um bálsamo, pois “a língua dos sábios destila conhecimento” (Provérbios
15:2). Elas são medidas, prudentes, ditas no tempo certo, e por isso trazem
graça e favor. Como também afirma Provérbios 15:23: “A palavra a seu tempo,
quão boa é!” Tais palavras abrem portas, acalmam corações, pacificam
ambientes e elevam relacionamentos. Elas são como “maçãs de ouro em salvas
de prata” (Provérbios 25:11).
Por outro lado, o
insensato é traído por sua própria boca. Ele não percebe que sua fala
desordenada está, aos poucos, destruindo a si mesmo. Ele se torna vítima das
suas palavras. Conforme Provérbios 18:7: “A boca do insensato é a sua
própria destruição, e os seus lábios, um laço para a sua alma.” O texto de
Eclesiastes 10:14 vai complementar esse retrato ao dizer: “O tolo multiplica
as palavras, ainda que o homem não saiba o que acontecerá; e quem lhe fará
saber o que será depois dele?” Ou seja, ele fala demais, sabe de menos e
colhe dores como resultado.
Jesus também nos advertiu
sobre o peso espiritual das palavras: “Pois do que há em abundância no
coração, disso fala a boca” (Mateus 12:34). Isso significa que a boca
revela o conteúdo do coração. Se o coração está cheio de ira, medo, orgulho ou
amargura, isso transbordará na fala. Mas se está cheio da Palavra de Deus
(Salmo 119:11), do Espírito Santo (Efésios 5:18-19) e da paz de Cristo
(Colossenses 3:15), então a boca será fonte de vida, consolo e verdade.
A morte e a vida estão no
poder da língua, e quem bem a utiliza come do seu fruto (Provérbios 18:21). Por
isso, é urgente aplicar o conselho de Provérbios 21:23: “O que guarda a sua
boca e a sua língua, guarda a sua alma das angústias.”
Examine hoje suas
palavras. Elas promovem graça ou produzem confusão? O seu tom de voz, o
conteúdo das suas frases, o impacto que você gera nas pessoas ao redor, tudo
isso importa. Peça a Deus que coloque um guarda em sua boca (Salmo 141:3) e que
sua língua seja como “pena de habilidoso escritor” (Salmo 45:1),
conduzida por Ele.
Oração: “Senhor, que
minhas palavras sejam fontes de vida e não instrumentos de destruição. Que eu
saiba quando falar e, principalmente, quando silenciar. Dá-me sabedoria para
edificar com a língua, e que a Tua graça esteja sempre nos meus lábios. Em nome
de Jesus, amém.”
Na Graça do Pai. Bom dia.
Shalom. A Paz do Senhor. Que nessa segunda-feira peçamos a
Deus que purifique nosso coração, porque dele procedem as palavras, de acordo
com Salmos 51:10. E que nos comprometamos a lançar palavras de benção, conforme
Efésios 4:29 “Nenhuma palavra torpe proceda da vossa boca, mas só a que for
boa para edificação”.
Pr. Gilberto Silva – Gurupi
- TO