"E, ainda que vivesse
duas vezes mil anos, mas não gozasse o bem, não vão todos para um mesmo lugar?"
– Eclesiastes 6:6
"E, ainda que vivesse
duas vezes mil anos, mas não gozasse o bem, não vão todos para um mesmo lugar?"
– Eclesiastes 6:6
"Ainda que nunca viu o
sol, nem o conheceu, mais descanso tem do que este." - Eclesiastes 6:5
Neste versículo, Salomão reforça
a comparação entre alguém que vive uma longa vida sem alegria e um natimorto
que nunca viu a luz do sol. Ele afirma que, paradoxalmente, aquele que nunca
experimentou a vida pode estar em uma condição melhor do que quem teve uma
existência marcada por frustração e vazio.
nutrem o ventre da terra, sustentam o bicho e o homem.
Belotas, sempre belotas, rolam na história antiga,
alimento de porcos e ovelhas, resistência dos famintos.
mastigaram seu amargor/verde e doce/madura , enquanto o tempo ardia lento.
mas no desespero e na guerra foram pão onde não havia trigo.
e mesmo desprezadas em dias fartos, são dádivas quando falta tudo.
No chão fértil repousam, dormem até a nova estação,
esperam em silêncio e paciência, pois sabem que sua hora virá.
E o homem, sempre esquecido, não olha para elas até precisar.
Mas elas esperam, generosas, no silêncio das florestas.
belotas caem como promessas, pequenos tesouros do destino.
E um dia, quem sabe, o homem verá que na simplicidade escondia-se a grandeza,
e que a terra sempre dá o que basta, se soubermos olhar para ela.
Os carvalhos sussurram segredos aos ventos que dançam entre os galhos,
narram histórias de tempos imemoriais, onde reis e camponeses se igualavam na fome.
Cada belota contém um universo, um futuro tronco, folhas e raízes,
um abrigo para pássaros e sonhos, um ciclo de vida que se renova sem pressa.
Belotas, sempre belotas, as sementes de um amanhã possível,
um convite ao equilíbrio esquecido, um lembrete de que a terra ainda fala.
E se um dia deixarmos de vê-las, se os carvalhos forem esquecidos,
quem contará as histórias do vento? Quem sussurrará ao tempo suas raízes?
Nas mãos de um velho camponês, uma belota repousa como herança,
promessa de sombra para os netos, testemunha do tempo e da paciência.
Belotas, sempre belotas, no chão, no vento, na memória,
guardando os ciclos da vida, ensinando que a espera também nutre.
"Se um homem gerar cem
filhos e viver muitos anos, e os dias dos seus anos forem numerosos, porém a
sua alma não se fartar do bem e até a sua sepultura não tiver honra, digo que
um natimorto é mais feliz do que ele." - Eclesiastes 6:3
"Deus concede a alguns
riquezas, bens e honra, de modo que nada lhes falta do que a sua alma deseja;
contudo, Deus não lhes dá o poder de desfrutar disso, antes, um estrangeiro os
desfruta. Isso é vaidade e grave aflição." - Eclesiastes 6:2
Este versículo nos traz uma
reflexão profunda sobre a efemeridade da vida e a frustração que pode
acompanhar a prosperidade. Salomão observa que há pessoas que recebem de Deus
tudo o que desejam: riqueza, honra e abundância. No entanto, paradoxalmente,
elas não conseguem desfrutar dessas bênçãos, e outras pessoas acabam se
beneficiando no lugar delas.
A frustração das riquezas e o sentido
da vida
O capítulo 6 de Eclesiastes
continua a profunda reflexão do Pregador sobre a vaidade da existência humana e
os limites da satisfação material. Ele expõe a dura realidade de que, muitas
vezes, as pessoas acumulam riquezas, alcançam status e possuem tudo o que
desejam, mas não conseguem desfrutar plenamente dessas bênçãos. Essa frustração
pode ser causada por diversas circunstâncias, como doenças, morte prematura ou
mesmo uma insatisfação interior que impede o indivíduo de encontrar alegria no
que tem.
"Porque não se lembrará
muito dos dias da sua vida; porquanto Deus lhe enche o coração de
alegria." – Eclesiastes 5:20
A vida passa rapidamente, e
muitos se preocupam tanto com o futuro ou se prendem ao passado que esquecem de
viver o presente. Salomão nos ensina que aquele que confia em Deus e desfruta
das Suas bênçãos tem o coração cheio de alegria. Essa alegria não depende das
circunstâncias ou das riquezas, mas vem diretamente de Deus.
O dom de Deus
"E, quanto ao homem a
quem Deus conferiu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer, e tomar a
sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus." – Eclesiastes
5:19 - ARA
Neste versículo, Salomão nos
lembra que tanto os bens materiais quanto a capacidade de desfrutá-los são
dádivas de Deus. Muitas pessoas trabalham duro para acumular riquezas, mas não
conseguem aproveitá-las devido à ansiedade, insatisfação ou preocupações
constantes. O verdadeiro prazer na vida não está apenas em possuir, mas em
saber desfrutar do que Deus nos dá.
"Eis o que eu vi: boa e
bela coisa é comer e beber e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, em
que se afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da sua vida que Deus lhe
deu; porque esta é a sua porção." - Eclesiastes 5:18 - ARA
Ao longo do livro de Eclesiastes,
Salomão nos mostra a vaidade de uma vida sem Deus. No entanto, neste versículo,
ele revela um princípio importante. Deus deseja que desfrutemos do fruto do
nosso trabalho. Ele nos deu a capacidade de trabalhar e também quer que
encontremos alegria naquilo que fazemos e no sustento que Ele nos provê.