A brevidade da vida e o destino de todos

 


A brevidade da vida e o destino de todos

"E, ainda que vivesse duas vezes mil anos, mas não gozasse o bem, não vão todos para um mesmo lugar?" – Eclesiastes 6:6

 Neste versículo, o Pregador continua sua reflexão sobre a fragilidade da vida e a busca por significado. Ele levanta uma questão intrigante. Ainda que uma pessoa vivesse dois mil anos – uma longevidade impensável –, se ela não desfrutasse do bem, de que valeria? No fim, todos, ricos ou pobres, poderosos ou humildes, terminam no mesmo lugar: a sepultura.

A luz e as trevas da existência

 


A luz e as trevas da existência

"Ainda que nunca viu o sol, nem o conheceu, mais descanso tem do que este." - Eclesiastes 6:5

Neste versículo, Salomão reforça a comparação entre alguém que vive uma longa vida sem alegria e um natimorto que nunca viu a luz do sol. Ele afirma que, paradoxalmente, aquele que nunca experimentou a vida pode estar em uma condição melhor do que quem teve uma existência marcada por frustração e vazio.

A brevidade da vida sem sentido


 A brevidade da vida sem sentido

 "Porque em vão veio, e em trevas se vai, e de trevas se cobre o seu nome." – Eclesiastes 6:4

 Neste versículo, o Pregador continua sua reflexão sobre a frustração de uma vida sem propósito. Ele usa a forte metáfora do natimorto para descrever alguém que, apesar de ter recebido riquezas, bens e honras, não pôde desfrutar delas e viveu sem contentamento. Essa pessoa "veio em vão" e "em trevas se vai", como se nunca tivesse existido. É uma imagem impactante que nos leva a pensar sobre a brevidade da vida e a importância de encontrar um significado verdadeiro para nossa existência.

Belotas, sempre Belotas

 


Belotas, sempre Belotas

 Belotas caídas no chão, fruto humilde da azinheira,

nutrem o ventre da terra, sustentam o bicho e o homem.

Belotas, sempre belotas, rolam na história antiga,

alimento de porcos e ovelhas, resistência dos famintos.

 Na Espanha castigada pela fome, os lábios secos de esperança

mastigaram seu amargor/verde e doce/madura , enquanto o tempo ardia lento.

 Belotas, sempre belotas, prosaicas, esquecidas, discretas,

mas no desespero e na guerra foram pão onde não havia trigo.

 O vento as derruba sem pressa, as raízes do mundo as aceitam,

e mesmo desprezadas em dias fartos, são dádivas quando falta tudo.

No chão fértil repousam, dormem até a nova estação,

esperam em silêncio e paciência, pois sabem que sua hora virá.

E o homem, sempre esquecido, não olha para elas até precisar.

Mas elas esperam, generosas, no silêncio das florestas.

 sob o céu que desconhece donos, entre folhas douradas de outono,

belotas caem como promessas, pequenos tesouros do destino.

E um dia, quem sabe, o homem verá que na simplicidade escondia-se a grandeza,

e que a terra sempre dá o que basta, se soubermos olhar para ela.

Os carvalhos sussurram segredos aos ventos que dançam entre os galhos,

narram histórias de tempos imemoriais, onde reis e camponeses se igualavam na fome.

Cada belota contém um universo, um futuro tronco, folhas e raízes,

um abrigo para pássaros e sonhos, um ciclo de vida que se renova sem pressa.

Belotas, sempre belotas, as sementes de um amanhã possível,

um convite ao equilíbrio esquecido, um lembrete de que a terra ainda fala.

E se um dia deixarmos de vê-las, se os carvalhos forem esquecidos,

quem contará as histórias do vento? Quem sussurrará ao tempo suas raízes?

Nas mãos de um velho camponês, uma belota repousa como herança,

promessa de sombra para os netos, testemunha do tempo e da paciência.

Belotas, sempre belotas, no chão, no vento, na memória,

guardando os ciclos da vida, ensinando que a espera também nutre.



Pr. Gilberto Silva - Gurupi-TO



Uma vida longa sem propósito

 Uma vida longa sem propósito

"Se um homem gerar cem filhos e viver muitos anos, e os dias dos seus anos forem numerosos, porém a sua alma não se fartar do bem e até a sua sepultura não tiver honra, digo que um natimorto é mais feliz do que ele." - Eclesiastes 6:3

 Neste versículo, o Pregador faz uma afirmação forte e provocadora: uma vida longa e cheia de descendência – algo considerado uma grande bênção na cultura hebraica – não significa felicidade se não houver contentamento e propósito. Ele chega a dizer que um natimorto, alguém que nunca chegou a viver, está em uma condição melhor do que aquele que teve tudo, mas não desfrutou da verdadeira alegria.

A ilusão da prosperidade

 A ilusão da prosperidade

"Deus concede a alguns riquezas, bens e honra, de modo que nada lhes falta do que a sua alma deseja; contudo, Deus não lhes dá o poder de desfrutar disso, antes, um estrangeiro os desfruta. Isso é vaidade e grave aflição." - Eclesiastes 6:2

Este versículo nos traz uma reflexão profunda sobre a efemeridade da vida e a frustração que pode acompanhar a prosperidade. Salomão observa que há pessoas que recebem de Deus tudo o que desejam: riqueza, honra e abundância. No entanto, paradoxalmente, elas não conseguem desfrutar dessas bênçãos, e outras pessoas acabam se beneficiando no lugar delas.

Introdução ao Capítulo 6 de Eclesiastes


Introdução ao Capítulo 6 de Eclesiastes

A frustração das riquezas e o sentido da vida

O capítulo 6 de Eclesiastes continua a profunda reflexão do Pregador sobre a vaidade da existência humana e os limites da satisfação material. Ele expõe a dura realidade de que, muitas vezes, as pessoas acumulam riquezas, alcançam status e possuem tudo o que desejam, mas não conseguem desfrutar plenamente dessas bênçãos. Essa frustração pode ser causada por diversas circunstâncias, como doenças, morte prematura ou mesmo uma insatisfação interior que impede o indivíduo de encontrar alegria no que tem.

Alegria que vem de Deus

 


Alegria que vem de Deus 

"Porque não se lembrará muito dos dias da sua vida; porquanto Deus lhe enche o coração de alegria." – Eclesiastes 5:20

A vida passa rapidamente, e muitos se preocupam tanto com o futuro ou se prendem ao passado que esquecem de viver o presente. Salomão nos ensina que aquele que confia em Deus e desfruta das Suas bênçãos tem o coração cheio de alegria. Essa alegria não depende das circunstâncias ou das riquezas, mas vem diretamente de Deus.

O dom de Deus

 

O dom de Deus

"E, quanto ao homem a quem Deus conferiu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer, e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus." – Eclesiastes 5:19 - ARA

Neste versículo, Salomão nos lembra que tanto os bens materiais quanto a capacidade de desfrutá-los são dádivas de Deus. Muitas pessoas trabalham duro para acumular riquezas, mas não conseguem aproveitá-las devido à ansiedade, insatisfação ou preocupações constantes. O verdadeiro prazer na vida não está apenas em possuir, mas em saber desfrutar do que Deus nos dá.

O verdadeiro prazer vem de Deus


                            O verdadeiro prazer vem de Deus

"Eis o que eu vi: boa e bela coisa é comer e beber e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, em que se afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da sua vida que Deus lhe deu; porque esta é a sua porção." - Eclesiastes 5:18 - ARA

Ao longo do livro de Eclesiastes, Salomão nos mostra a vaidade de uma vida sem Deus. No entanto, neste versículo, ele revela um princípio importante. Deus deseja que desfrutemos do fruto do nosso trabalho. Ele nos deu a capacidade de trabalhar e também quer que encontremos alegria naquilo que fazemos e no sustento que Ele nos provê.