A sombra da insatisfação

 


A sombra da insatisfação

"Em todos os seus dias comeu nas trevas, com muito desgosto, com enfermidades e indignação." – Eclesiastes 5:17

O sábio Salomão, ao refletir sobre a vida e suas complexidades, traz aqui uma descrição perturbadora: uma existência vivida "nas trevas", marcada por desgosto, enfermidades e indignação. Essa é a realidade de muitos que vivem apenas para o trabalho ou para a busca incessante de riquezas, negligenciando a verdadeira essência da vida.

O vazio de acumular sem propósito

 


          O vazio de acumular sem propósito

"E também isto é um grande mal: exatamente como veio, assim ele vai; e que proveito lhe vem de trabalhar para o vento?" – Eclesiastes 5:16

A busca incessante por riquezas e realizações materiais é uma das armadilhas mais comuns em nossa sociedade. O ser humano, muitas vezes, mede seu valor pela quantidade de bens que possui, pelo sucesso financeiro ou pelo reconhecimento profissional. Salomão, um dos homens mais ricos e sábios da história, nos lembra que isso, no fim, é "trabalhar para o vento" — um esforço sem propósito eterno.

Viemos de mãos vazias e partiremos do mesmo jeito

 


          Viemos de mãos vazias e partiremos do mesmo jeito

"Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e do seu trabalho nada poderá levar consigo." - Eclesiastes 5:15 - ARA

Desde o momento em que nascemos até o dia em que deixamos esta vida, existe uma realidade imutável. Não trouxemos nada ao mundo e nada levaremos dele. O sábio Salomão, ao observar a fragilidade da existência humana, destaca essa verdade com uma clareza que nos faz refletir profundamente sobre nossas escolhas e prioridades.

Quando a riqueza foge das mãos

 


                        Quando a riqueza foge das mãos

"E se tais riquezas se perdem por qualquer má aventura, ao filho que gerou nada lhe fica na mão." - Eclesiastes 5:14 (ARA)

A vida sob o sol, como Salomão observa, é marcada por incertezas. As riquezas acumuladas com tanto esforço podem se perder repentinamente devido a circunstâncias imprevisíveis, como crises econômicas, investimentos falhos, catástrofes naturais ou até mesmo más decisões humanas. Essa fragilidade material nos ensina que nada neste mundo oferece uma segurança completa.

O perigo da riqueza mal usada

 


O perigo da riqueza mal usada

"Há grave mal que vi debaixo do sol: as riquezas que seus donos guardam para o próprio dano." - Eclesiastes 5:13 - ARA

Salomão observa uma triste realidade. A obsessão por acumular riquezas, sem propósito ou generosidade, acaba trazendo prejuízo ao próprio dono. Esse "grave mal" não está apenas no risco de perda material, mas nos danos espirituais e emocionais que essa busca egoísta provoca, como isolamento, ansiedade, ganância e até corrupção de valores.

A fuga da ansiedade nas riquezas

 


A fuga da ansiedade nas riquezas

"O trabalhador, que come e bebe, e que vê o bem do seu trabalho, isso é dom de Deus." — Eclesiastes 5:12 (ARA)

Este versículo traz uma profunda lição sobre o valor do trabalho e a atitude correta em relação ao que Deus nos proporciona. Salomão reconhece que o verdadeiro benefício do trabalho não está em acumular riquezas ou em viver com excesso, mas em encontrar satisfação no próprio trabalho, naquilo que ele nos proporciona e no contentamento de viver com o suficiente. O trabalhador que come e bebe, isto é, o que desfruta dos frutos do seu trabalho de maneira simples e agradecida, experimenta uma paz que o dinheiro não pode comprar. Este é o verdadeiro dom de Deus.

A gratidão que transborda

 


                    A gratidão que transborda

 Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito? Essa pergunta, extraída do Salmo 116:12, nos convida a uma profunda reflexão sobre a bondade de Deus e sobre nossa resposta a Ele. Quando olhamos para nossa caminhada, percebemos que Deus tem sido fiel, sustentando-nos em momentos de dificuldade, fortalecendo-nos em tempos de fraqueza e nos concedendo incontáveis bênçãos, muitas das quais sequer percebemos.

O vazio da riqueza acumulada


 O vazio da riqueza acumulada

"Quando aumentam os bens, aumentam também os que os consomem; e que vantagem tem o seu possuidor, senão vê-los com os seus olhos?" — Eclesiastes 5:11 (ARA)

Salomão, em sua sabedoria, destaca uma realidade que muitos de nós experimentamos, de que a riqueza, por si só, não traz satisfação nem benefício duradouro. Pelo contrário, à medida que aumentam os bens materiais, também aumentam as demandas, os custos e as preocupações que vêm com eles. Sobre isso somos alertados em Mateus 6:19 - "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde ladrões escavam e roubam."

Quando alguém acumula riquezas, frequentemente se vê cercado por aqueles que querem uma parte de seus bens, seja por necessidade, inveja ou simplesmente por interesse, conforme reforça a palavra em Lucas 12:19 - "Os bens que os ricos acumulam são consumidos por outros; e quem os possui não tem paz nem descanso." Essa busca desenfreada pelo acúmulo de bens cria um ciclo de insatisfação, onde a verdadeira vantagem — a paz e a realização — se torna cada vez mais distante.

A frase "vê-los com os seus olhos" nos ensina que, no fim das contas, as riquezas acabam se tornando algo passageiro, que apenas satisfaz temporariamente a visão de quem as possui, mas não preenche o coração. A verdadeira alegria não está em possuir, mas em viver com propósito, com contentamento e em paz com o que Deus já provê, conforme já vimos em Eclesiastes 1:14, "Tudo o que os olhos veem é vaidade, e a busca por riquezas é um esforço para alcançar o vento."

Por que estamos buscando acumular riquezas? É para agradar a Deus e ajudar aos outros, ou é para saciar desejos passageiros?

Busquemos contentamento com o suficiente, aprendendo a viver com o que temos, sabendo que Deus provê aquilo de que nós realmente precisamos. E sejamos generosos sempre, compartilhando os recursos. Ao praticar a generosidade, encontramos propósito e satisfação, ajudando a romper o ciclo de ganância.

Oração: Senhor, ajuda-me a compreender que as riquezas não são a chave para a felicidade verdadeira. Ensina-me a ser generoso e a viver com contentamento, sabendo que em Ti encontro tudo o que realmente preciso. Livra-me do desejo incessante de acumular e faz-me viver com sabedoria, ajudando aos outros e glorificando Teu nome. Em nome de Jesus, amém.

Na Graça do Pai. Bom dia. Shalom. A Paz do Senhor – Que nessa terça-feira e em todos os dias da nossa vida, sejamos ensinados a sermos generosos, quebrando círculos viciosos e aprendendo a viver com alegria.

Pr. Gilberto Silva – Gurupi-TO

 

A Providência divina nas necessidades da Terra

 

A Providência divina nas necessidades da terra

"O proveito da terra é para todos; até o rei se serve do campo." - Eclesiastes 5:9 - ARA

Deus, em Sua infinita sabedoria e bondade, fez a terra capaz de produzir recursos para suprir as necessidades de toda a humanidade. Desde os alimentos básicos para o agricultor humilde até o banquete servido nas mesas dos reis, todos dependem dos frutos do campo.

Deus está acima de tudo


Deus está acima de tudo

"Se vires em alguma província opressão dos pobres e perversão do direito e da justiça, não te admires de semelhante caso, pois quem está elevado tem superior que o vigia; e sobre estes há ainda superiores." - Eclesiastes 5:8

Este versículo destaca a injustiça social e os abusos de poder, uma realidade que não é novidade em nossa sociedade. Salomão nos alerta para não ficarmos perplexos ao presenciar a corrupção e a opressão, pois isso é reflexo da natureza humana caída. No entanto, ele também lembra que acima de todas as autoridades humanas está Deus, o Supremo Juiz, que tudo vê e julga com justiça perfeita.