Viemos de mãos vazias e partiremos do mesmo jeito
"Como saiu do ventre de
sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e do seu trabalho nada poderá
levar consigo." - Eclesiastes 5:15 - ARA
Desde o momento em que nascemos
até o dia em que deixamos esta vida, existe uma realidade imutável. Não trouxemos
nada ao mundo e nada levaremos dele. O sábio Salomão, ao observar a fragilidade
da existência humana, destaca essa verdade com uma clareza que nos faz refletir
profundamente sobre nossas escolhas e prioridades.
O acúmulo de riquezas pode ser uma das maiores armadilhas do coração humano. Muitas vezes, somos levados a acreditar que nossa segurança, identidade e valor estão nos bens materiais. Porém, como o apóstolo Paulo ensina: "Porque nada trouxemos para este mundo, e nada podemos levar dele" (1 Timóteo 6:7).
Isso nos convida a refletir:
para que tanto esforço por coisas que não têm valor eterno?
Jesus também advertiu seus
discípulos sobre o perigo de viver em busca do que é passageiro: "Não
ajunteis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem
corroem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai para vós outros tesouros
no céu" (Mateus 6:19-20). Aqui, Ele nos ensina a focar em riquezas
espirituais, como a fé, amor, justiça e serviço ao próximo, que que não se
perdem com o tempo.
Salomão nos desafia a repensar
nossa obsessão pelo trabalho, pelos bens e pelo status. Se tudo é
temporário, então qual é o propósito verdadeiro da vida? A resposta está em
temer a Deus, obedecer aos Seus mandamentos e cultivar um relacionamento
sincero com Ele (Eclesiastes 12:13).
A fragilidade das riquezas está reforçada
no livro de Jó, que ao perder tudo o que possuía, declarou: "Nu saí do
ventre de minha mãe e nu voltarei. O Senhor deu, o Senhor o tomou; bendito seja
o nome do Senhor!" (Jó 1:21).
A verdadeira segurança está em Deus
e Nele precisamos depositar toda a nossa fortaleza, conforme Provérbios 11:28
afirma: "Quem confia em suas riquezas cairá, mas os justos florescerão
como a folhagem."
Colossenses 3:2 nos lembra: "Pensai
nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra.", para que não deixemos
de buscar a perspectiva eterna e não os prazeres e momentos fugazes que estão
sendo propostos o tempo todo.
Pergunte ao seu coração se você está mais preocupado em acumular bens materiais do que em buscar um legado espiritual que glorifique a Deus. Tenha um propósito para desapegar. Pratique a generosidade como um ato de adoração e confiança no Senhor. Seja bênção na vida dos outros, lembrando que "há maior felicidade em dar do que em receber" (Atos 20:35).
Cultive a eternidade, investindo tempo em oração, leitura da
Palavra e atos de bondade, sabendo que essas são riquezas eternas diante de
Deus. Assim seu foco estará sempre no essencial, lembrando-se de que sua
identidade não está nos bens que possui, mas em quem você é em Cristo. (Efésios
1:3-6).
Com essas ações práticas somos
desafiados, para fazer uma lista de coisas que tem consumido seu tempo e
atenção. Pergunte-se: "Essas coisas têm valor eterno?"
Pratique um ato generoso e
anônimo nesta semana. A generosidade é um antídoto poderoso contra o apego
material e vai refletir sobre o sobre o legado espiritual que deseja deixar.
Oração: Senhor, ajuda-me a viver
com os olhos voltados para a eternidade. Ensina-me a desapegar das riquezas
terrenas e a buscar tesouros que glorifiquem o Teu nome. Que meu coração
encontre segurança não nos bens materiais, mas em Ti, que és a minha verdadeira
porção. Dá-me sabedoria para viver de forma íntegra, generosa e humilde, sempre
lembrando que tudo o que tenho e sou pertence a Ti. Em nome de Jesus, amém.
Na Graça do Pai. Bom dia. Shalom. A Paz do Senhor. Que nosso sábado seja de
desafios práticos e avaliações constantes em busca da essência de Cristo para
nossas vidas.
Pr. Gilberto Silva – Gurupi-TO