A ilusão de uma vida cristã plena
revestida de riquezas e facilidades tem se infiltrado nos corações de muitos.
No entanto, a verdade do Evangelho nos chama a uma realidade muito diferente. Que o viver para Cristo é trilhar um caminho estreito, muitas vezes árduo, onde o
sacrifício, a dor e a humilhação são partes inevitáveis da jornada.
Cristo, nosso maior exemplo, nos
mostrou que a glória vem pelo sofrimento, que o amor incondicional requer
renúncia, e que a verdadeira riqueza está em obedecer ao Pai, mesmo diante da
cruz. Seguir a Cristo é andar no fio da navalha, uma vida de constante confronto
entre a carne e o Espírito, entre as tentações do mundo e a promessa de uma
eternidade gloriosa.
"Tenho-vos dito isto,
para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu
venci o mundo" (João 16:33).
Essas palavras de Jesus nos
recordam que, embora as aflições sejam uma realidade inevitável, temos a
segurança de que Ele já triunfou. Seu amor nos fortalece para suportar as lutas
e nos dá paz em meio às tempestades.
A caminhada cristã não é para os
fracos de coração. É preciso fé inabalável para suportar as lutas, coragem para
enfrentar o desprezo do mundo, e amor profundo para abraçar as provações como
instrumentos da graça divina. A cada lágrima derramada, a cada humilhação
sofrida, somos moldados para refletir mais da imagem de Cristo.
E, ainda assim, todas essas dores
tornam-se pequenas diante da grandiosidade do amor de Cristo por nós. Um amor
que nos sustenta, que nos fortalece e que nos garante que o sacrifício aqui não
se compara à glória que nos será revelada.
Que nunca percamos de vista a
essência do chamado cristão. Carregar a cruz, permanecer firmes e viver com o
propósito de glorificar o nosso Senhor. Que sejamos fortalecidos na certeza de
que, apesar das aflições do presente, temos em Cristo uma esperança viva e uma
recompensa eterna.
Se a caminhada é dura, que nunca
nos esqueçamos que o Salvador caminha conosco. Ele é a luz que nos guia, a
força que nos sustenta e o amor que nos envolve. Sigamos, portanto, vivendo na
plenitude do sacrifício, confiando que a graça de Deus é mais do que suficiente
para nos manter de pé no fio da navalha.
Pr. Gilberto Silva – Gurupi-TO