Juízo final é certeza
"Porque Deus há
de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas,
quer sejam más." – Eclesiastes 12:14 - ARA
Salomão encerra o livro
de Eclesiastes com uma declaração forte, solene e inquestionável. Não há
maneira mais séria e impactante de finalizar um tratado sobre o sentido da vida
do que afirmando a certeza do juízo divino.
Vivemos muitas vezes como
se fôssemos donos da nossa própria história, ignorando que cada ato, palavra,
pensamento e intenção está registrado no livro da vida diante de Deus.
Este versículo rompe
qualquer ilusão de anonimato espiritual. Mesmo aquilo que ninguém viu, que
ficou oculto nas sombras do coração ou nos bastidores da vida, Deus vê
claramente, e tudo será trazido à luz.
Neste último versículo, três
grandes verdades são destacadas. A primeira é que Deus é o Juiz Supremo. Salomão
não fala de um julgamento humano, imperfeito, sujeito a falhas. Ele aponta para
o tribunal de Deus, onde a justiça é absoluta, perfeita e reta. Na sociedade,
muitas vezes vemos injustiças, crimes não solucionados, maldades não punidas e
bondades não reconhecidas. No juízo de Deus, nada passará despercebido. “Não
vos enganeis: de Deus não se zomba; pois tudo o que o homem semear, isso também
ceifará.”, nos alerta Gálatas 6:7.
A segunda verdade é que
nada está escondido aos olhos do Senhor. Quantas coisas o ser humano tenta
manter em segredo! Pensamentos ocultos, atitudes disfarçadas, intenções
mascaradas… Porém, para Deus, não existem segredos. “E não há criatura que
não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão
descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas.”,
confirma a Palavra em Hebreus 4:13. Se isso gera temor, também deve gerar
esperança, porque Deus vê não apenas o mal, mas também todo o bem feito em
silêncio, sem holofotes, sem aplausos.
E a terceira verdade é
que o juízo é abrangente e final. “Quer sejam boas, quer sejam más.” O
texto não deixa espaço para neutralidade. Toda obra será avaliada. O bem oculto,
aquela ajuda silenciosa, aquela oração não divulgada, aquela oferta generosa
feita sem que ninguém soubesse.
Para aqueles que estão em
Cristo Jesus, o juízo não é uma sentença de condenação, mas a consumação da
justiça de Deus. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus...” - Romanos 8:1. O juízo não deixa de existir, mas para os
salvos, a condenação foi cravada na cruz. A obra de Cristo garante que nossos
pecados foram pagos, nossa dívida foi quitada e que, embora prestemos contas,
somos justificados pela fé no Filho de Deus.
O encerramento do livro
de Eclesiastes não é uma mensagem de medo, mas de alerta, esperança e
orientação. Portanto, tema a Deus. Guarde os Seus mandamentos. Viva sabendo que
tudo importa e tudo será considerado diante do trono do Senhor. A vida não é um
jogo, nem um acaso. Ela tem um Senhor, um Juiz e um propósito eterno.
Oração: “Senhor Deus,
diante da Tua soberania e da certeza do Teu juízo, quero alinhar minha vida à
Tua vontade. Que meus pensamentos, palavras e obras estejam de acordo com Teus
mandamentos. Obrigado, Senhor, porque em Jesus encontro perdão, graça e
redenção. Mas que eu jamais me acomode, antes, viva em temor santo, sabendo que
tudo o que faço está diante dos Teus olhos. Sustenta-me na Tua graça e
conduz-me no Teu caminho eterno. Em nome de Jesus, amém.”
Na Graça do Pai. Bom dia.
Shalom. A Paz do Senhor. Saber que tudo será trazido à luz,
como os pensamentos, as palavras e as ações, deve nos conduzir a uma vida de
temor, santidade, responsabilidade e dependência da graça de Deus. Então aproveite
essa sexta-feira, que já é o melhor dia das nossas vidas, porque Deus nos deu
para viver e agradecer, para iniciar uma nova vida, uma nova jornada, uma nova
caminhada, rumo ao alvo que é Cristo.
Pr. Gilberto Silva – Gurupi-TO