“Deixa a mamadeira gospel de lado
e vamos para a palavra. Para de querer espiritualizar o que é moral. Demônio a
gente expulsa, caráter a gente trata. Se fosse diabo a igreja estava voando.
Agora porque que a igreja ta travada? Porque não é demônio. É caráter. É crente
infantil, crente mimimi, crente que não quer mudar, crente que não quer
santificar. E principalmente os homens, mulheres também faz isso. Mas principalmente os homens, enlouquecem a
parte traída como se fosse culpa da parte traída o adultério, entra assim...na
cabeça do outro e quer culpar o outro por aquilo que se fez. Ah, cai de novo, arrumei outra amante, ah,
caiu de novo, arrumou outra amante, o pastor não crê que é o diabo, então vou
sair e procurar uma igreja que o pastor creia que é o diabo. Vai zerar as
igrejas das cidades. Ou vai achar um pastor, uma liderança que vai fazer do
pecado do marido um lucro, porque homens em pecado, lucros para as igrejas.
Porque o pastor fica infantilizando, prometendo uma cura que nunca vai
acontecer. E nunca vai dar um tranco no cara sem caráter. É fácil né, eu trair
minha esposa e chegar pra mim dizendo: fica tranquilo, é satanás. Ele diz,
não tenho nada a ver com isso. Satanás não transou com ninguém, Satanás não
dirigiu o Uber para levar ninguém para lugar nenhum” – Trecho de uma pregação
do pastor Anderson Silva
Com base no recorte acima, postado nas redes, comecei a me incomodar com o texto e me propus a dar uma versão minha, pessoal, sobre o tema apresentado com um viés, em uma tentativa de interpretar o texto, ainda que totalmente de acordo com as palavras fragmentadas do autor, que chegaram até a mim. E ressalto aqui, que não assisti à mensagem toda. Somente o trecho disponível no facebook.
Culpar os outros é mais fácil
- (Sei por experiência própria)
É muito mais fácil terceirizar a
culpa do que enfrentar a própria responsabilidade. A Palavra de Deus é clara. “Cada
um será recompensado segundo as suas obras” (Romanos 2:6). Não adianta
colocar a culpa no inimigo quando o problema está nas escolhas erradas que
insistimos em fazer. O diabo pode tentar, mas ele não força ninguém a pecar. É
o homem que, atraído por sua própria concupiscência, cede e se deixa levar.
Chegou a hora de parar de brincar
de igreja. Não se trata de apontar dedos, mas de trazer a luz da verdade,
reconhecer que caráter deformado precisa ser tratado com o Evangelho que
transforma. É arrependimento sincero, vida no altar e compromisso com a
santidade. Não adianta orar para que Deus tire as consequências do pecado se
não há disposição de abandonar o pecado.
A igreja não foi chamada para
mimar crentes infantis, mas para discipular homens e mulheres de caráter que
reflitam a glória de Deus. O evangelho não é um cobertor para cobrir nossas
transgressões, mas um fogo que purifica e nos conforma à imagem de Cristo. É
hora de deixar a mamadeira espiritual de lado, crescer e assumir
responsabilidade, porque “a quem muito é dado, muito será exigido”
(Lucas 12:48).
Deus perdoa? Claro que sim. Ele
restaura? Sem dúvida. Mas isso exige confissão, arrependimento e mudança. Não
adianta continuar no ciclo de pecado e culpa, buscando justificativas
espirituais para aquilo que precisa de um choque de realidade e de um
compromisso de transformação.
O problema é mais profundo. É
caráter deformado. E caráter não se resolve com expulsão de demônios ou troca
de igrejas. Resolve-se com discipulado sério, confrontação, arrependimento
sincero e disposição para mudar. A Palavra de Deus é clara e direta para todos.
"Aquele que confessa e deixa o pecado alcança misericórdia"
(Provérbios 28:13). Não basta confessar e continuar no mesmo erro. É necessário
abandonar o pecado e permitir que o Espírito Santo transforme o coração e as
ações.
Chega de culpar o diabo por
aquilo que é fruto de escolhas erradas. Chega de usar o nome de Deus para
encobrir pecados. É hora de homens e mulheres, especialmente os líderes,
assumirem suas responsabilidades diante de Deus e da igreja. Caráter se forma
na cruz, com arrependimento, compromisso e obediência à Palavra. É isso que precisamos,
urgentemente.
Pr. Gilberto Silva – Gurupi-TO,
com informações do Pr. Anderson Silva - DF
