No curto período que estou em Portugal, muitas mudanças já aconteceram. E algumas novidades, experiências novas, que me fizeram compreender que nem tudo o que vemos é exatamente o que vemos, ou só o que queremos ver.
Falo da colheita da uva, tão tradicional em estados do sul do Brasil, mas que eu, morando no norte do país, em Tocantins, só conhecia de reportagens em todos os meios de comunicação e muitas fotos publicadas por empresas, pessoas e claro, turistas que por essas bandas cultivares andaram.
Mas aqui tive a experiência de trabalhar evangelizando e evangelizar trabalhando, na colheita da uva, em uma quinta, na qual o proprietário (Sérgio), produz para consumo próprio. Foi uma experiência incrível, com a equipe sendo composta, além de mim, do Luis, Gabriel e Carlos.
Pude compreender, embora não seja degustador de vinho, o quanto é trabalhoso e engenhoso o processo desde a colheita, não incluído até o consumo ao ser adquirido o vinho nas prateleiras dos supermercados.
Entender esse processo laboral, o caminho percorrido desde a parreira até o processo de trituração, fermentação e degustação. Duvido que os amantes do vinho, ao apreciarem buquê da bebida, se lembrem sequer por um breve instante, dos homens, mulheres e crianças que trabalham nos campos a encher baldes e mais baldes, em um trabalho cansativo, mas que alimenta milhares de trabalhadores portugueses, muitos imigrantes, que para cá aportam, em busca de sonhos, projetos e melhoria de vida.
Mas retomando a experiência, ainda que tenha sido cansativo, foi fantástico ao final do dia, sorrir e agradecer pelo trabalho, pelos novos amigos, pela oportunidade de ao longo daquele único dia, ter falado de Jesus. E ainda colocar alguns trocados no bolso para manutenção do missionário
. Obrigado Senhor.