Livro “Os bastidores da missão” será lançado em Palmas no dia 14 de novembro

 


Livro “Os bastidores da missão” será lançado em Palmas no dia 14 de novembro

As organizações sociais, igrejas, missões e projetos de filantropia que precisam de recursos financeiros, agora podem contar com o livro ‘Os bastidores da missão’ (Publicações Pão Diário, 2023), um manual de mobilização de voluntários e captação de recursos que promete criar facilidades em áreas que geralmente levam bons projetos a serem interrompidos.

Baseado na experiência de mobilizador de missões da Junta de Missões Mundiais, da Convenção Batista Brasileira, o cientista social Ezequiel Brasil transformou seu hábito de coletar e analisar dados de políticas públicas, voluntariado e plantação de igrejas em uma ferramenta acessível para o Terceiro Setor, com destaque especial à filantropia inspirada na fé.

Os ‘bastidores da missão’ aborda a experiência de católicos, batistas, presbiterianos, metodistas e outros grupos, com mobilização e captação de recursos para as missões e filantropia cristã, e revela a interdependência de colaboradores anônimos, indispensáveis para o sucesso da missão.

Ao tratar sobre mobilização, o autor faz uma analogia entre as primeiras mobilizações de natureza militar, na perspectiva bíblica e histórica; em seguida, faz a aplicação no contexto da igreja perseguida, em países fechados ao cristianismo, e a mobilização de voluntários para o trabalho de filantropia inspirado na fé.

Segundo o Reverendo e Doutor Erni Walter Seibert, Diretor Executivo da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), “Com o livro ‘Os bastidores da missão’, somos brindados com uma obra valiosa. Ele é para todos os que precisam escrever projetos e buscar recursos para sua sustentabilidade. Esta área, ainda não desenvolvida em nosso país, tem agora mais uma referência bibliográfica para organizações que se desenvolvem a partir da fé cristã. A obra apresenta o fundamento bíblico para a arrecadação de fundos, bem como apresenta muitos exemplos práticos e inspiradores de como isso tem sido feito. No final de cada capítulo, há um resumo e pequenos exercícios para fixação dos conteúdos e reflexão. Recomendamos a sua leitura”.

Para o mestre em Educação, professor da Universidade Católica de Brasília, coordenador de formação continuada docente e coordenador do MBA em Liderança e Gestão Inovadora de instituições Educacionais da UCB/UniUBEC, Gidalti Guedes da Silva, o livro ‘Os Bastidores da Missão’ “é uma obra que emerge da práxis, isto é, da articulação dialética entre a teoria e a prática, de saberes adquiridos pela experiência de atuação fecunda de Ezequiel Brasil Pereira”. Silva acrescenta ainda que o autor possui sólida formação em teologia, filosofia e ciências sociais, aliada a décadas de experiência em filantropia e missões, como projetos desenvolvidos junto aos povos indígenas na América do Sul, passando por iniciativas com crianças carentes e imigrantes na Europa, até a assistência a comunidades durante a pandemia. No Chile e no Peru, Ezequiel realizou trabalho voluntário com os povos Aymara e Quechua, promovendo a evangelização e o desenvolvimento social e, durante a crise da COVID-19, ele se uniu ao Sindicato Rural de Primavera do Leste - MT, para levar auxílio aos indígenas Xavantes da aldeia Sangradouro e outras aldeias, e em Itacajá – TO, está empenhado na realização de projetos que levem benefícios para os Krahôs”, reforça.

Para o educador, essa vasta experiência de Ezequiel Brasil Pereira, demostra o impacto de sua atuação e dá sustentação às ousadas propostas que o autor apresenta em sua obra. Por fim, declara que 'Os Bastidores da Missão' “é uma inspiração para que você também possa impactar pequenas comunidades e fazer diferença na vida de outras pessoas. Se você busca inspiração para servir, quer entender melhor o trabalho social e missionário ou simplesmente deseja conhecer uma história de vida extraordinária, 'Os Bastidores da Missão' é a leitura perfeita para você."

De acordo com o diretor de Advocacy e Relações Institucionais da Visão Mundial, Welinton Pereira da Silva, “o livro preenche uma importante lacuna nos textos até agora publicados no tema de missões”. Para reforçar seu depoimento, Silva afirma que o autor de maneira magistral consegue unir boa pesquisa, fundamentação bíblica em todos os capítulos com casos práticos, além de “ao final de cada capítulo ainda nos brinda com atividades para reforçar a compreensão do conteúdo”.

O AUTOR


EZEQUIEL BRASIL PEREIRA foi mobilizador da Junta de Missões Mundiais; é cientista social, mentor de Capelães de Segurança e Defesa, pastores e líderes; possui experiência em políticas públicas, voluntariado, filantropia inspirada na fé, plantação de igrejas, seminários e treinamentos.

O lançamento será no dia 14 de novembro, às 19h, na Livraria Leitura do Capim Dourado Shopping. O autor autografará seu livro e recebendo os convidados e amigos, para um bate-papo sobre sua obra "Os Bastidores da Missão".

SERVIÇO:

Lançamento livro: “Os bastidores da missão” – Publicações Pão Diário; 1ª edição (março 2023)

Local: Livraria Leitura do Capim Dourado Shopping – Palmas-TO

Dia: 14/11/2024

Horário: 19 horas

(Com informações da Livraria Saraiva e do autor)



O menino que compartilhou seu lanche

 


O Menino que compartilhou seu lanche

Era um dia ensolarado, e uma grande multidão havia se reunido para ouvir Jesus ensinar sobre o amor de Deus. Homens, mulheres e crianças vinham de todas as partes, ansiosos para ver Jesus realizar milagres e ouvir Suas palavras de sabedoria. Entre eles, estava um menino humilde, de coração puro, que havia levado consigo uma pequena cesta preparada por sua mãe. Dentro dela, havia cinco pães e dois peixinhos, seu lanche para o longo dia.

Conforme o tempo passava, o sol já começava a se pôr, e a multidão começava a sentir fome. Muitos haviam vindo de longe e não tinham levado comida. Os discípulos de Jesus estavam preocupados, pois não sabiam como poderiam alimentar tantas pessoas. Eles se aproximaram de Jesus e disseram:

— Senhor, esta multidão está faminta. Mande-os embora para que possam comprar comida nas aldeias vizinhas.

Mas Jesus, com um olhar cheio de compaixão, respondeu:

— Não é necessário que eles vão embora. Dêem vocês mesmos algo para eles comerem.

Os discípulos ficaram confusos. Como poderiam alimentar mais de 5.000 pessoas? Não havia dinheiro suficiente nem comida disponível. Foi então que um dos discípulos, André, irmão de Pedro, avistou o menino com sua pequena cesta de lanche. Com um sorriso tímido, o menino ofereceu sua comida:

— Eu só tenho cinco pães e dois peixinhos, mas posso compartilhar com Jesus.

Os discípulos olharam para a pequena cesta e depois para a multidão. Eles sabiam que aquela quantidade era insignificante diante de tantas pessoas. No entanto, André levou o menino até Jesus e disse:

— Aqui está um menino com cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas o que é isso para tanta gente?

Jesus, com um sorriso bondoso, olhou para o menino e aceitou a oferta. Ele pediu à multidão que se sentasse na grama, organizando-os em grupos. Todos observavam atentamente, curiosos sobre o que aconteceria a seguir.

Jesus pegou os pães e os peixinhos, levantou os olhos para o céu e deu graças a Deus. Em seguida, Ele começou a partir os pães e os peixes em pedaços e entregá-los aos discípulos para distribuírem à multidão. Para o espanto de todos, os pães e peixes não acabavam! À medida que os discípulos distribuíam a comida, mais e mais pedaços surgiam.

O menino observava maravilhado. Ele nunca imaginara que seu pequeno lanche poderia se multiplicar de forma tão milagrosa. Todos comiam à vontade, e ninguém ficou com fome. Quando todos já estavam satisfeitos, Jesus pediu aos discípulos que recolhessem as sobras. Eles encheram doze cestos com o que restou, mais do que havia inicialmente!

Aquele simples ato de generosidade do menino, ao oferecer o pouco que tinha, permitiu que Jesus realizasse um grande milagre. O menino aprendeu que, nas mãos de Jesus, até mesmo algo pequeno pode se transformar em algo grandioso e abençoar muitas pessoas.

Quando voltou para casa, o menino contou a sua mãe sobre o milagre que presenciou. Ele havia aprendido uma lição valiosa: que a generosidade, por menor que pareça, é multiplicada quando entregamos a Jesus. Ele entendeu que, ao confiar a Deus o que temos, Ele pode fazer milagres em nossas vidas e nas vidas daqueles ao nosso redor.

Assim, essa história nos ensina que, mesmo com poucos recursos, se entregarmos com fé e amor, Deus pode transformar o pouco em muito, abençoando a todos ao nosso redor.

Pr. Gilberto Silva




A necessidade da Capelania e Assistência Espiritual institucional e voluntária na Segurança Pública

 


A necessidade da Capelania e Assistência Espiritual institucional e voluntária na Segurança Pública

O Setembro Amarelo, que é um marco importante de conscientização já terminou, mas o combate ao suicídio precisa ser reforçado diariamente. A realidade mostra que a situação é crítica e exige apoio contínuo, acompanhamento e assistência espiritual. O Boletim IPPES-2024 revela dados alarmantes: nos últimos cinco anos, 821 profissionais da Segurança Pública no Brasil tiraram a própria vida, e 226 profissionais inativos também sucumbiram ao suicídio. Esses números refletem apenas um setor, onde estamos engajados, mas sabemos que o problema é muito mais amplo, considerando os milhares de suicídios registrados anualmente no país.

A Capelania Militar surge como uma resposta fundamental. Oferecendo não apenas assistência religiosa, mas também um suporte espiritual não confessional, promovendo um cuidado integral, ajudando esses profissionais a enfrentar os desafios emocionais e psicológicos impostos pela profissão. Além disso, iniciativas de capelania e assistência espiritual proporcionam aos trabalhadores da segurança pública um espaço de acolhimento e orientação, fortalecendo sua saúde mental e contribuindo para o bem-estar das comunidades que eles protegem.

A gravidade do problema destaca a importância de ações políticas, programas de apoio, e o engajamento social para a criação de alternativas eficazes na prevenção do suicídio. Isso inclui a sensibilização das autoridades e da população quanto à dimensão do problema. A implementação de políticas públicas voltadas à saúde mental desses profissionais é essencial. A presença de capelães e assistentes espirituais qualificados pode ser determinante, proporcionando conforto e tranquilidade emocional em meio ao estresse constante da profissão.

Essas ações não são apenas uma forma de apoio aos profissionais, mas um benefício para toda a sociedade, pois trabalhadores da segurança pública emocionalmente equilibrados e assistidos psicologicamente desempenham melhor suas funções, aumentando a segurança e o bem-estar da população assistida.

Pr Gilberto Correia da Silva – Capelão Civil Voluntário

O valor inestimável do sorriso de uma criança

 


O valor inestimável do sorriso de uma criança

"Deixem vir a mim as crianças, e não as impeçam; pois o Reino dos Céus pertence aos que são semelhantes a elas." — Mateus 19:14

O sorriso de uma criança não tem preço. Ele reflete a pureza do coração, a leveza da alma e a alegria genuína que nos lembra da bondade de Deus em meio às simplicidades da vida. Ao ver uma criança sorrir, somos transportados para um lugar de paz e inocência, um momento em que nada mais importa além do presente, envolto em amor e felicidade. É um presente divino, um lembrete do amor incondicional que o Senhor tem por nós.

O sorriso de uma criança é realmente uma das coisas mais puras e preciosas da vida. Ele transmite inocência, alegria genuína e a simplicidade de um coração sem preocupações. Não importa as circunstâncias, um sorriso infantil tem o poder de iluminar qualquer ambiente e tocar os corações.

Isso nos lembra que as coisas mais valiosas da vida não são materiais, mas experiências e momentos que nos conectam ao que é essencial: o amor, a felicidade e a esperança. Um sorriso de uma criança não pode ser comprado ou substituído, pois reflete a alegria da alma e a presença de Deus na simplicidade da vida.

Oração: Senhor, Te agradecemos pelo sorriso das crianças, que nos mostra a pureza e a alegria da vida. Obrigado por cada momento em que podemos presenciar essa felicidade, pois através delas, vemos um vislumbre do Teu Reino. Que possamos sempre cuidar e proteger os pequeninos, refletindo o Teu amor por eles e buscando viver com a mesma confiança e simplicidade. Amém.

Na Graça do Pai. Bom dia. Shalom. A Paz do Senhor - Que nesta sexta-feira, aprendamos com as crianças que nos ensinam a apreciar os pequenos momentos e a viver com um coração leve, cheio de confiança. Elas são um reflexo do que Jesus disse sobre o Reino dos Céus, onde devemos ter um coração como o delas para poder entrar.

Pr. Gilberto Correia da Silva – Gurupi-TO

Apontar é mais fácil do que refletir

 


Apontar é mais fácil do que refletir

Um homem sábio disse uma vez: “somos bons advogados dos nossos próprios erros, mas excelentes juízes dos erros dos outros”. Ainda mais em tempos de intolerância e polarização.

A frase citada traz à tona uma reflexão profunda sobre a natureza humana e a forma como percebemos e avaliamos o comportamento alheio, em comparação ao nosso próprio. Em tempos de intolerância e polarização, essa sabedoria se torna ainda mais relevante.

A primeira parte da frase, "somos bons advogados dos nossos próprios erros", revela nossa tendência em justificar nossas ações. Quando erramos, muitas vezes encontramos uma série de explicações e desculpas, que nos fazem melhorar nossos sentimentos sobre nossas decisões. Essa autojustificação é uma defesa psicológica, que nos permite evitar a culpa e o desconforto. Por outro lado, quando observamos os erros dos outros, nossa tendência é julgar rapidamente. "Excelentes juízes dos erros dos outros" aponta para a facilidade com que criticamos, muitas vezes sem compreender o contexto ou as dificuldades enfrentadas por aqueles que estão errando.

Nos dias atuais, a intolerância e a polarização estão em alta, especialmente em contextos políticos, religiosos e sociais. Essas dinâmicas fazem com que as pessoas se posicionem rigidamente em lados opostos, criando um ambiente onde o diálogo e a empatia são frequentemente substituídos por ataques e deslegitimações. A crítica se torna mais feroz e menos compreensiva, enquanto a defesa de nossas próprias crenças é alimentada por uma retórica que busca justificar nossas escolhas e ignorar nossas falhas.

Essa situação nos chama a uma reflexão sobre a importância da empatia. Em vez de nos tornarmos juízes implacáveis, podemos aprender a compreender as motivações, medos e desafios dos outros. Isso não significa que devemos ignorar os erros, mas sim abordá-los com compaixão e um desejo de entender. A empatia nos permite construir pontes, em vez de muros, promovendo um ambiente mais saudável e colaborativo.

Além disso, é vital que cultivemos uma prática de autorreflexão crítica. Em vez de apenas justificar nossas próprias falhas, podemos questionar nossas ações e buscar o crescimento pessoal. Essa abordagem não apenas nos ajuda a evoluir como indivíduos, mas também nos torna mais tolerantes e compreensivos em relação às falhas dos outros.

Em tempos de polarização e intolerância, é fundamental lembrar que todos somos humanos e suscetíveis a erros. Promover um diálogo aberto e respeitoso, baseado na empatia e na compreensão mútua, é um passo essencial para superar as divisões e construir uma sociedade mais harmoniosa. Em vez de sermos juízes implacáveis, que possamos ser aliados na busca por um entendimento mais profundo e uma convivência pacífica.

Pr. Gilberto Correia - Gurupi-TO


Limão ou Goiaba? A Verdade por trás da aparência

 


Limão ou Goiaba? A Verdade por trás da aparência

"Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." - 1 João 4:1

Na caminhada cristã, muitas vezes somos atraídos pela aparência das pessoas e esquecemos de olhar para o conteúdo que está por dentro. Uma goiaba pode ser bonita e doce por fora, mas trazer um verme oculto, que se alimenta do que há de bom nela, até torná-la inútil e venenosa. Do mesmo modo, algumas pessoas que parecem agradáveis e carismáticas podem carregar práticas e ensinamentos que afastam da verdade bíblica, corrompendo corações e desviando da fé autêntica.

O limão, em contrapartida, é azedo à primeira vista, difícil de ser aceito por quem busca apenas o sabor agradável. Contudo, ele possui propriedades curativas e purificadoras. Assim também é o crente sincero, cuja palavra e postura, embora possam parecer duras, são fundamentadas na verdade e na retidão. Nem sempre é popular ou querido, mas seu caráter puro e íntegro traz saúde espiritual.

Ao longo da vida, seremos tentados a escolher o "doce fácil", que nem sempre nutre, e a evitar o "azedo verdadeiro", que, embora difícil de aceitar, transforma e fortalece. O apóstolo João nos alerta a "provar os espíritos" — avaliar, com discernimento, se aqueles que nos cercam, especialmente no meio cristão, realmente refletem a luz de Cristo ou se trazem corrupção em seu interior.

Oração: Senhor, concede-nos discernimento para escolher o que é verdadeiramente bom para a nossa alma. Ajuda-nos a rejeitar as aparências enganosas e abraçar aquilo que, mesmo sendo difícil, nos leva para mais perto de Ti. Que possamos ser limpos e íntegros na presença do Senhor, como servos fiéis que honram a Tua palavra em toda verdade. Em nome de Jesus, amém.

Na Graça do Pai. Bom dia. Shalom. A Paz do Senhor - Que nesta quinta-feira, tenhamos sabedoria e discernimento para buscar o Senhor, o melhor para nossas vidas. E que sejamos orientados pelo Espirito Santo a vivermos cercados de homens e mulheres tementes à Palavra, de coração puro e espirito inabalável.

Pr. Gilberto Correia – Gurupi-TO

A Importância da Reforma para a Igreja e suas 95 teses

 A Importância da Reforma para a Igreja e suas 95 teses

O dia 31 de outubro nos remete a um marco fundamental na história do Cristianismo: o início da Reforma Protestante. Em 1517, Martinho Lutero, monge e professor de teologia, afixou suas 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, contestando práticas da Igreja Católica que considerava contrárias ao Evangelho, especialmente a venda de indulgências. Esse ato corajoso abriu o caminho para um renascimento espiritual que colocou a Palavra de Deus novamente no centro da fé cristã e deu origem às "Cinco Solas" – princípios que moldaram a teologia protestante e a vida da Igreja.

Sola Scriptura (Somente a Escritura)

A primeira das solas, Sola Scriptura, destaca a Bíblia como a única autoridade infalível para a fé e a prática cristã. Em uma época em que a Igreja se apoiava na tradição e no magistério, a Reforma proclamou que somente as Escrituras deveriam guiar a vida do cristão. Este princípio é sustentado por versículos como 2 Timóteo 3:16-17: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra."

Sola Fide (Somente a Fé)

Sola Fide afirma que a justificação – ou seja, a aceitação por Deus e a salvação – é alcançada somente pela fé em Cristo e não por obras humanas. Lutero fundamentou essa verdade em textos como Efésios 2:8-9: "Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie." A fé, portanto, é o meio pelo qual o crente é declarado justo diante de Deus.

Sola Gratia (Somente a Graça)

Sola Gratia ressalta que a salvação é um presente de Deus, dado por Sua graça e não merecido por méritos humanos. A Reforma enfatizou que somos salvos pela pura graça de Deus, um dom imerecido que exclui qualquer mérito ou esforço pessoal. Romanos 3:23-24 lembra: "Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus."

Solus Christus (Somente Cristo)

Solus Christus proclama que Cristo é o único mediador entre Deus e a humanidade. Somente por meio de Sua obra redentora podemos ser reconciliados com Deus, sem a necessidade de intermediários humanos ou rituais religiosos. Jesus declarou em João 14:6: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim." A Reforma restaurou essa centralidade de Cristo, reconhecendo-O como a base da nossa fé e salvação.

Soli Deo Gloria (Somente a Deus a Glória)

Soli Deo Gloria lembra que toda glória deve ser dada a Deus, e não aos homens, pela salvação e por tudo o que acontece no universo. Esse princípio, embasado em Romanos 11:36: "Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre!", exalta Deus como o soberano absoluto e supremo em todas as coisas.


A Relevância contemporânea das 95 teses

As 95 teses de Lutero, que denunciaram abusos e promoveram uma chamada ao arrependimento, são um lembrete poderoso de que a Igreja deve sempre estar alinhada com o Evangelho de Cristo e sua pureza. Esse chamado continua hoje, exortando-nos a uma fé ancorada na Bíblia e a uma vida de devoção a Deus, sem interferência de tradições humanas ou práticas distorcidas. A Reforma não foi apenas um evento histórico; foi o início de uma renovação espiritual contínua, que reforça a centralidade de Cristo e a importância da fé e da graça em nossa relação com Deus.

Mas a pergunta que não quer calar é a seguinte: estamos precisando de outra reforma protestante?

Essa é uma pergunta que provoca reflexões profundas. Mais de cinco séculos após Martinho Lutero ter afixado as 95 teses em Wittenberg, muitos cristãos percebem sinais de que a Igreja atual necessita de uma nova reforma. Embora os princípios da Reforma – as "Cinco Solas" – continuem relevantes e essenciais, a prática da fé em muitos contextos cristãos mostra desvios semelhantes àqueles confrontados pelos reformadores.

Por que precisaríamos de uma nova Reforma?

Hoje, a Bíblia continua sendo central para a fé cristã, mas em algumas tradições e comunidades, as Escrituras são frequentemente interpretadas à luz de modismos, tradições ou visões de líderes. Isso coloca em risco a autoridade exclusiva da Palavra de Deus. Uma nova reforma poderia enfatizar a leitura e interpretação contextual e responsável das Escrituras, além de incentivar que os fiéis conheçam e estudem a Bíblia pessoalmente. Redescoberta das Escrituras (Sola Scriptura)

Em muitos contextos, o entendimento de salvação e fé tem se diluído, muitas vezes reduzido a bênçãos materiais ou visto como uma “troca” com Deus. É urgente reafirmar que a salvação é pela graça, por meio da fé, e não condicionada ao que possamos fazer. Uma reforma neste sentido chamaria a Igreja a um verdadeiro arrependimento e uma prática de fé que honre a obra redentora de Cristo, sem barganhas e sem misturas. Fé e Obras (Sola Fide e Sola Gratia)

O papel central de Cristo tem sido, em alguns lugares, diluído por figuras carismáticas ou por ideologias que acabam tomando o lugar da simplicidade e da centralidade de Jesus. Uma nova reforma fortaleceria o cristocentrismo, onde a igreja e cada cristão vivessem refletindo Cristo, sem mediadores, além de Jesus, na caminhada com Deus. Cristocentrismo (Solus Christus)

Muitos observam hoje o crescimento de movimentos focados no homem, com mensagens voltadas à autorrealização, sucesso e poder pessoal. Isso se distancia da visão reformada de que toda glória pertence a Deus e que a vida cristã é um chamado ao serviço humilde. Uma reforma orientada à glória de Deus traria o foco novamente para uma vida de adoração e submissão ao Senhor. Glória a Deus (Soli Deo Gloria)

Como seria uma nova Reforma?

Uma nova reforma, a meu ver, não significaria uma ruptura ou divisão, mas uma renovação espiritual. Poderia envolver um chamado ao retorno às práticas e ensinamentos centrados nas Escrituras, ao arrependimento e a uma vida de fé autêntica. Também destacaria a necessidade de uma Igreja que atue como agente de transformação na sociedade, buscando justiça, servindo ao próximo e refletindo o caráter de Cristo.

O Espírito da Reforma hoje

A verdadeira Reforma é mais que um evento histórico; é um movimento contínuo que renova a Igreja e a chama ao arrependimento e à fidelidade ao Evangelho. Como Lutero e outros reformadores, podemos orar e trabalhar por uma Igreja que busque continuamente a presença de Deus e um relacionamento pessoal, baseado em Sua Palavra. Neste sentido, talvez estejamos realmente precisando de outra reforma: uma renovação que nos leve a viver o Evangelho de maneira plena, compassiva e verdadeira, para a glória de Deus.

Que, neste Dia da Reforma Protestante, possamos refletir sobre a profundidade desses princípios e nos comprometer a viver uma vida cristã fiel, fundamentada nas Escrituras e para a glória de Deus.

Pr. Gilberto Correia – Gurupi-TO

OS DIAS BONS E OS DIAS MAUS EM NOSSAS VIDAS

 “Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles”. 2 Coríntios 4:16-17

RENOVANDO OS LAÇOS DE RESPEITO E AMIZADE

 


Neste domingo, após o culto de Santa Ceia na Igreja Presbiteriana de Covilhã, fui almoçar na casa do casal gaúcho, Marcos e Sabrina. Convite que já fora feito na semana anterior, mas do qual tive que declinar por estar em viagem missionária na divisa de Portugal com a Espanha, mas reforçado e pago neste dia 6 de novembro.

APRENDENDO NA RAIZ, A ESSÊNCIA DO BOM PASTOR QUE CUIDA DAS SUAS OVELHAS

 


APRENDENDO NA RAIZ, A ESSÊNCIA DO BOM PASTOR, QUE CUIDA DAS SUAS OVELHAS

Os passos missionários me levaram até a Espanha, na cidade Fuentes de Oñoro, divisa com Vilar Formoso, no lado português, para mais uma rica experiência pessoal, teológica e de crescimento espiritual.