A necessidade da Capelania e Assistência Espiritual institucional e voluntária na Segurança Pública

 


A necessidade da Capelania e Assistência Espiritual institucional e voluntária na Segurança Pública

O Setembro Amarelo, que é um marco importante de conscientização já terminou, mas o combate ao suicídio precisa ser reforçado diariamente. A realidade mostra que a situação é crítica e exige apoio contínuo, acompanhamento e assistência espiritual. O Boletim IPPES-2024 revela dados alarmantes: nos últimos cinco anos, 821 profissionais da Segurança Pública no Brasil tiraram a própria vida, e 226 profissionais inativos também sucumbiram ao suicídio. Esses números refletem apenas um setor, onde estamos engajados, mas sabemos que o problema é muito mais amplo, considerando os milhares de suicídios registrados anualmente no país.

A Capelania Militar surge como uma resposta fundamental. Oferecendo não apenas assistência religiosa, mas também um suporte espiritual não confessional, promovendo um cuidado integral, ajudando esses profissionais a enfrentar os desafios emocionais e psicológicos impostos pela profissão. Além disso, iniciativas de capelania e assistência espiritual proporcionam aos trabalhadores da segurança pública um espaço de acolhimento e orientação, fortalecendo sua saúde mental e contribuindo para o bem-estar das comunidades que eles protegem.

A gravidade do problema destaca a importância de ações políticas, programas de apoio, e o engajamento social para a criação de alternativas eficazes na prevenção do suicídio. Isso inclui a sensibilização das autoridades e da população quanto à dimensão do problema. A implementação de políticas públicas voltadas à saúde mental desses profissionais é essencial. A presença de capelães e assistentes espirituais qualificados pode ser determinante, proporcionando conforto e tranquilidade emocional em meio ao estresse constante da profissão.

Essas ações não são apenas uma forma de apoio aos profissionais, mas um benefício para toda a sociedade, pois trabalhadores da segurança pública emocionalmente equilibrados e assistidos psicologicamente desempenham melhor suas funções, aumentando a segurança e o bem-estar da população assistida.

Pr Gilberto Correia da Silva – Capelão Civil Voluntário