Plenitude de alegria em comunhão com Cristo
O apóstolo João encerra
essa introdução poderosa da sua carta apontando para um fruto inevitável de
quem vive em comunhão com Deus e com os irmãos: a alegria completa.
Ao escrever “Estas
coisas, pois, vos escrevemos…”, João se refere ao conteúdo dos versículos
anteriores, a revelação de Jesus como o Verbo da Vida, o testemunho de quem o
viu, ouviu e tocou, e o convite à comunhão com Deus e com a comunidade da fé.
Tudo isso tem um objetivo prático e espiritual. Produzir uma alegria que não é
passageira, nem condicionada às circunstâncias da vida.
É importante perceber que
João não fala de qualquer tipo de alegria. Ele se refere à alegria completa,
aquela que não depende de bens, status, conquistas ou da ausência de problemas.
Ela é fruto da presença de Deus na vida do crente, do conhecimento da verdade e
da vivência da comunhão cristã.
Essa alegria não ignora a
dor, mas é capaz de sobreviver no meio dela. É a mesma alegria que Paulo
experimentava preso, que os mártires carregavam mesmo diante da morte e que os
cristãos ao longo dos séculos testemunharam em meio às tribulações.
A fonte dessa alegria
está em Cristo, na Sua graça, no perdão, na salvação e na comunhão com Ele. Por
isso, ela é inabalável. É exatamente o que Jesus declarou aos discípulos em
João 15:11: “Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós,
e o vosso gozo seja completo.”
A comunhão com Deus é restauradora. Quando
andamos com Ele, experimentamos paz, segurança, identidade e sentido. E,
consequentemente, a nossa vida transborda em alegria. Não uma alegria
superficial, mas uma que preenche as lacunas da alma e nos sustenta até nos
dias mais sombrios.
Viva a alegria que vem de
Deus. Avalie onde você tem buscado sua alegria? Nas coisas temporárias ou no
eterno? A sua comunhão diária com Deus tem sido fonte de paz, descanso e
contentamento? Você compreende que alegria não é ausência de problemas, mas
presença de Deus? Que atitudes hoje você pode tomar para cultivar essa comunhão
que gera alegria?
Quando ajudamos outros a se reconciliarem com Deus, nossa alegria cresce. Por isso, o evangelho é uma fonte de alegria não só pessoal, mas também coletiva. O mundo oferece alegrias passageiras, ilusórias e muitas vezes vazias. Mas Jesus oferece uma alegria completa, verdadeira, permanente e inabalável, fruto da Sua presença em nós.
Oração: “Senhor Deus,
fonte de toda alegria e paz, eu me coloco na Tua presença com o coração aberto
e grato. Reconheço que muitas vezes busquei alegria em coisas que não
preenchem, em caminhos que só geraram vazio, ansiedade e frustração.
Obrigado, Pai, porque me
mostras que a verdadeira alegria não está nas conquistas materiais, nem na
ausência de lutas, mas na Tua presença. Obrigado por me amar, por me salvar,
por me aceitar e me tornar parte da Tua família.
Ensina-me, Senhor, a
cultivar essa alegria todos os dias, não de forma superficial, mas profunda,
baseada na certeza da Tua graça, no perdão dos meus pecados, na comunhão
Contigo e com os irmãos.
Que eu seja alguém que
espalha essa alegria, que promove comunhão, que leva paz, ânimo e esperança
onde houver tristeza e desesperança. Que minha vida transborde da alegria que
vem de Ti e que isso seja testemunho vivo do Teu amor. Eu oro e te agradeço, em
nome de Jesus, a fonte da minha alegria eterna. Amém.”
Na Graça do Pai. Bom dia.
Shalom. A Paz do Senhor. Que nessa quarta-feira seja de entender
e viver a alegria cristã, que não depende do “ter”, mas do “ser”. Ser filho de
Deus, ser parte da família espiritual, ser habitado pelo Espírito, ser participante da graça e da verdade. E
saber que essa alegria só se torna completa quando é dividida, testemunhada e
celebrada em comunhão.
Pr. Gilberto Silva –
Gurupi-TO