Escolhas que definem caminhos


 Escolhas que definem caminhos

“Escolham hoje a quem irão servir; [...] Mas eu e a minha família serviremos ao Senhor.” (Josué 24:15)

Com a devida licença poética, sem descaracterizar a mensagem do Evangelho

Era uma manhã comum na pequena cidade de Betânia. As ruas já começavam a ganhar vida com o burburinho dos moradores cuidando de suas rotinas. Entre eles, Samuel, um homem de meia-idade, conhecido por sua sabedoria e serenidade, caminhava em direção à praça central. Ali, ele gostava de sentar-se sob a grande figueira para refletir e observar a vida que passava ao seu redor.

Naquela manhã, um jovem aproximou-se. Elias, com a energia de quem carrega mais dúvidas do que certezas, pediu conselho:

- Samuel, como posso saber que escolhi o caminho certo?

O velho sorriu. Havia algo especial no anseio do rapaz, um desejo sincero de acertar.
- Elias, a vida é como uma bifurcação constante. Todos os dias somos chamados a escolher: entre o que é fácil e o que é justo, entre o que parece certo e o que é realmente certo.

E apontando para a figueira, continuou:
- Veja esta árvore. Cresceu forte porque suas raízes buscaram a água profunda. Mas, para isso, precisou atravessar camadas de terra seca e pedras. Assim também é a caminhada com Deus. Nem sempre será o caminho mais simples, mas é o único que dá frutos que permanecem.

Elias franziu a testa, ainda intrigado.
- Mas como saberei que estou no caminho que agrada a Deus?

Samuel ergueu um dedo ao céu.
- Lembre-se das palavras de Josué: ‘Escolham hoje a quem irão servir.’ Quando colocamos Deus como prioridade, nossas escolhas começam a se alinhar ao Seu coração. Não significa que não haverá erros, mas significa que a verdade será sempre nosso guia.

Enquanto os sinos da igreja próxima tocavam, marcando o meio-dia, Samuel acrescentou:
- Não espere por uma grande ocasião para escolher o certo. Cada decisão, por menor que pareça, molda quem você é. Escolher Jesus, Elias, é escolher a verdade que transforma e o amor que nunca falha.

Elias sorriu, como se uma pequena lâmpada se acendesse dentro dele.
Naquele dia, à sombra da figueira, ele decidiu que suas escolhas seriam mais do que reflexos de suas vontades. Seriam declarações de sua fé no Senhor.

E assim, a cada manhã, como o sol que se levanta sem falhar, Elias repetia em oração:
“Hoje, eu escolho o Senhor.”