O amor genuíno não é cego. Ele
enxerga claramente nossas imperfeições, fraquezas e contradições. No entanto,
quem realmente ama escolhe permanecer, não porque ignora os defeitos, mas
porque decide que o vínculo é mais forte do que as dificuldades.
Em um mundo onde o descartável se
tornou regra, onde as relações são frequentemente baseadas na conveniência e no
desempenho, o verdadeiro amor brilha como um raro tesouro. Ele nos lembra que
não somos perfeitos, mas somos profundamente valiosos.
Amar alguém vai além de aceitar
suas qualidades. É ter paciência nos momentos difíceis, oferecer apoio nos dias
sombrios e perdoar quando falhas inevitáveis surgem. É um compromisso de estar
ao lado, mesmo quando o "lado" não é fácil.
Isso reflete o amor de Deus por
nós. Ele nos conhece em profundidade os nossos pensamentos mais sombrios, nossas
atitudes mais egoístas e ainda assim nos ama incondicionalmente. "Mas
Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós
ainda pecadores" (Romanos 5:8). Essa é a essência do amor: permanecer,
apesar de tudo.
Nas relações humanas, somos
chamados a reproduzir um pouco desse amor divino. Não é sobre ignorar defeitos
ou tolerar abusos, mas sobre reconhecer que todos somos imperfeitos e que,
quando há amor verdadeiro, há também desejo de construir, crescer e superar
juntos.
Quem te ama de verdade estará ao
seu lado quando as máscaras caírem e as vulnerabilidades aparecerem. Eles não
exigirão que você seja perfeito, mas desejarão que você seja autêntico. E,
mesmo enquanto você trabalha para melhorar, eles permanecerão, porque o amor
não busca a perfeição, busca conexão.
Portanto, valorize quem escolhe ficar
mesmo conhecendo suas falhas. Faça o mesmo pelos que você ama, porque a
beleza do amor não está na ausência de defeitos, mas na força para superar
juntos tudo o que é imperfeito.
Pr. Gilberto Silva – Gurupi-TO