Esses dois trilhos não competem, não invadem o espaço um do outro. Cada um respeita sua linha, seu propósito, sua trajetória. E é exatamente essa parceria, essa disciplina silenciosa, que permite ao trem seguir em frente. Um desequilíbrio, um desvio, e tudo desmorona.
Na trilha da vida, somos como
esses trilhos. Caminhamos ao lado de pessoas, dividimos sonhos, partilhamos
momentos, mas cada um em seu espaço, cada um com sua missão. O segredo não está
em se cruzar, mas em andar juntos, em sintonia, mesmo quando os caminhos
parecem distantes.
Há quem veja os trilhos como
símbolo de limites, de impossibilidades. Mas a verdade é que eles nos ensinam o
respeito. Não há sobreposição, não há invasão, apenas o reconhecimento de que o
outro também tem sua estrada, sua história. E isso é liberdade, é confiança.
O trem que passa sobre os trilhos
leva vidas, sonhos, esperanças. Ele segue porque há dois caminhos paralelos que
sustentam seu peso, que o guiam pelo trajeto certo. Assim somos nós. Companheiros
de jornada, sustentando uns aos outros, mesmo sem nos misturarmos.
Que na trilha da vida possamos
ser como esses trilhos. Respeitar, sustentar e, juntos, seguir em frente, rumo
ao infinito, sabendo que o horizonte está sempre adiante, pronto para ser
desbravado. Afinal, não é sobre encontrar o outro no fim, mas sobre estar lado
a lado ao longo do caminho.
Pr. Gilberto Silva – Gurupi-TO