Liderança sem essência: eco do vazio

 


Liderança sem essência: eco do vazio

Vivemos tempos em que multidões seguem líderes de palavras eloquentes, mas de corações ressequidos. São como cisternas rachadas, que não retêm água, guiando seus liderados sem possuir em si mesmos o que deveriam oferecer. "Porque o meu povo cometeu dois males: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas." (Jeremias 2:13).

Corações endurecidos, distantes do propósito eterno, tentam disfarçar o vazio com discursos bem-ornamentados e gestos ensaiados. Porém, faltam-lhes a centelha divina, aquela chama que transforma o líder em um servo e faz da liderança um ato de amor, não de domínio. "Pois este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim." (Isaías 29:13).

Esses líderes, ocos por dentro, buscam forçar caminhos que não trilhariam por si mesmos. Exigem fé, mas carecem de intimidade com o Pai. Cobram obediência, mas desconhecem o que é submeter-se à soberana vontade de Deus. "São cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão no barranco." (Mateus 15:14).

A verdadeira liderança não é erguida sobre títulos ou multidões cativas, mas sobre joelhos dobrados e corações quebrantados. Um líder que não sente a presença de Deus em seu coração é como um pastor que perdeu o cajado: vagueia sem rumo, guiando seu rebanho para perigos que ele mesmo não enxerga. "E acontecerá que, se o pastor for ferido, as ovelhas serão dispersas." (Zacarias 13:7).

É preciso lembrar que liderança não é sobre poder, mas sobre propósito. E um propósito sem Deus é só mais uma estrada que leva ao abismo. "Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas." (João 10:11). Que nossos líderes sejam homens e mulheres cheios do Espírito Santo, conduzindo com amor, humildade e a certeza de que, antes de tudo, são servos do Senhor. "Mas o maior entre vós será vosso servo." (Mateus 23:11).

Pr. Gilberto Silva - Gurupi-TO