A busca desenfreada por
beleza, prestígio, poder e riqueza frequentemente conduz o ser humano a um
caminho de destruição, tanto espiritual quanto emocional e social. Essa
obsessão desvia o foco do que realmente importa e cria um vazio que nunca pode
ser plenamente preenchido, levando a pessoa a uma espiral de insatisfação e
decadência.
"Porque ao homem que é bom perante Deus, ele dá sabedoria, ciência e alegria; mas ao pecador dá o trabalho de ajuntar e amontoar, para dar àquele que é bom perante Deus. Também isso é vaidade e correr atrás do vento." - Eclesiastes 2:26 - ARA
Salomão nos revela uma grande verdade. Deus é soberano sobre quem recebe sabedoria, alegria e o prazer do trabalho, e sobre quem se afadiga sem desfrutar dos frutos de seu esforço. Ele afirma que, ao homem que é bom perante Deus, Ele dá sabedoria, ciência e alegria, enquanto ao pecador, Ele dá o trabalho de acumular riquezas que não aproveitará, pois serão destinadas àqueles que buscam viver de acordo com a vontade de Deus.
A humildade, a generosidade e a
prudência são virtudes que atraem as bênçãos de Deus, conforme a sabedoria
encontrada nas Escrituras. Essas qualidades refletem o caráter de alguém que
vive em alinhamento com a vontade divina e busca agradar ao Senhor em sua
conduta diária.
"Porque quem pode comer, ou quem pode beber, senão aquele a quem Deus dá?" - Eclesiastes 2:25 – ARA
Salomão ressalta uma verdade profunda, de que o prazer que experimentamos, seja no alimento, seja no momento de descanso, é um presente de Deus. Ele reconhece que não somos os verdadeiros responsáveis pelos bens e pelas bênçãos que recebemos, mas é Deus quem nos concede a capacidade de desfrutar da vida.
Sim, a crença de que Deus pode
todas as coisas está fundamentada na onipotência divina, um dos atributos
essenciais de Deus. Essa crença significa que Ele tem autoridade e poder
absoluto sobre todas as coisas, no céu e na terra (Jó 42.2; Jeremias 32.17).
Isso não significa que Deus age de forma arbitrária, mas sim de acordo com Sua
natureza santa, justa, amorosa e sábia.
"Não há coisa melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze do bem do seu trabalho. Também vi que isto vem da mão de Deus." - Eclesiastes 2:24 - ARA
Salomão, após suas reflexões sobre a futilidade do trabalho sem propósito, chega a uma conclusão simples e profunda. Que o maior presente que podemos receber é desfrutar do que temos, como comer, beber e saborear o fruto do nosso trabalho. Ele reconhece que, em última instância, esses prazeres vêm da mão de Deus.
"Em tudo daí graças,
porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco." - 1
Tessalonicenses 5:18
A ingratidão é uma das
manifestações mais baixas do caráter humano. Quando uma pessoa é ingrata, ela
não apenas desonra quem lhe fez o bem, mas também revela a profundidade de sua
imaturidade e a ausência de valores como humildade e reconhecimento. É como se,
ao negar gratidão, ela rejeitasse a oportunidade de crescer, pois a gratidão
tem o poder de transformar corações, fortalecer relações e trazer plenitude à
vida.
"Porque todos os seus dias são trabalhosos, e a sua ocupação é vexatória; até de noite não descansa o seu coração. Também isto é vaidade." - Eclesiastes 2:23 - ARA
Salomão descreve a realidade do homem que se entrega ao trabalho incessante, onde os dias são repletos de cansaço e o coração nunca encontra descanso, nem mesmo à noite. O trabalho sem um propósito maior, sem a paz de Deus, se torna um fardo, e a inquietude toma conta da alma. Ele reconhece que, por mais que o homem se dedique, sem encontrar descanso em Deus, tudo isso acaba sendo fútil e frustrante.
É um comportamento comum, mas
paradoxal, o ser humano criar problemas por escolhas equivocadas e,
posteriormente, responsabilizar Deus por suas consequências. Vamos explorar
essa questão à luz das passagens mencionadas.
"Pois, que tem o homem de todo o seu trabalho e de toda a aflição de seu coração, com que se afadiga debaixo do sol?" - Eclesiastes 2:22 - ARA
Salomão levanta uma questão profunda sobre o propósito do trabalho e do esforço humano, indagando qual é o verdadeiro benefício de todo o nosso trabalho árduo, se no final ele parece fútil e sem sentido? A aflição e o desgaste de viver sob o sol, buscando realizações temporais, podem parecer vazios se não tivermos uma visão mais ampla e eterna.
