A consciência da vida e a realidade da morte

 


    A consciência da vida e a realidade da morte

Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento.” – Eclesiastes 9:5 - ARA

Este versículo é parte da contemplação realista do Pregador sobre a vida e a morte. A ênfase está na consciência dos vivos e na inatividade dos mortos, especialmente no que diz respeito à existência terrena.

Essa verdade é incontestável. Todos têm consciência da própria finitude, conforme nos relata a Bíblia em Hebreus 9:27: “... aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”). Essa consciência deve nos conduzir a uma vida com temor e sabedoria, como está em  Salmos 90:12: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio”.

"Os mortos não sabem coisa nenhuma". O autor se refere aqui à inatividade dos mortos na esfera terrena. Não é uma negação da existência após a morte, mas uma constatação de que os mortos não participam mais das atividades debaixo do sol (Eclesiastes 9:6). Na sepultura, não há mais ação nem reflexão humana visível (Salmos 146:4: “Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios”).

"Nem tampouco terão eles recompensa". As obras humanas, feitas na carne, cessam com a morte. O tempo da colheita espiritual é agora, conforme Gálatas 6:9: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos”.

"Sua memória jaz no esquecimento". Com o tempo, mesmo os grandes nomes podem ser esquecidos. Isso ecoa com Eclesiastes 1:11: “Já não há lembrança das coisas que precederam; e das coisas posteriores também não haverá memória entre os que hão de vir depois”. Assim, a vaidade da fama humana é ressaltada, e a verdadeira recompensa está em fazer o nome conhecido diante de Deus, não apenas dos homens, reforça Lucas 10:20: “... alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes arrolados nos céus”.

Então não devemos perder nenhum momento. Valorize o tempo presente. Hoje é o dia da oportunidade (2 Coríntios 6:2). Lembre-se da eternidade. Viva com os olhos no céu, não apenas debaixo do sol. Faça o bem enquanto há vida, pois as chances de plantar e colher terminam quando partimos, relata João 9:4: “É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”.

 Oração: “Senhor, dá-me um coração sábio para viver com a eternidade em mente. Que eu aproveite os dias que me deste, não com medo da morte, mas com reverência à vida. Ajuda-me a investir no que permanece, e a deixar uma marca no céu, mesmo que não seja lembrado na terra. Em nome de Jesus, amém.”

Na Graça do Pai. Bom dia. Shalom. A Paz do Senhor. Que nessa quinta-feira seja o dia de valorizar todo o tempo disponível para buscarmos a presença de Jesus.

Pr. Gilberto Silva - Gurupi-TO